Uma noite de neve, uma manhã de “caos” … Parte 1

Segunda-feira, sete horas da manhã, acordo e olho pela janela. Uma linda paisagem branca e fria, de uns dez centímetros de neve acumulada, me espreita pelo lado de fora!

Parece o início do capítulo de um livro de romance, né? 🙂 Mas foi o que aconteceu na manhã do dia 18 de janeiro de 2016.

Curti um pouco a paisagem branca, enquanto tomava meu café da manhã. Juntei minhas coisas e sai para pegar o trem, como de costume, sem ter a menor ideia do que me esperava na estação!

As ruas, cobertas de neve, já tinham marcas de alguns carros que passaram, mas na maior parte ocupadas pelos pedestres que fugiam das calçadas na tentativa de achar uma “trilha” mais seca. Mas o silêncio já anunciava que algo estava diferente naquela manhã!

Na estação, dois carros de bombeiro parados na entrada principal e  muita gente amontoada em frente as catracas. Muita gente mesmo! As linhas estavam paradas por conta do alto volume de neve que caira na madrugada, causando alguns pequenos acidentes e interrompendo o serviço.

Subi por uma escada lateral para chegar a um patamar mais alto e ter uma noção mais acurada do que estava na minha frente. 

Parecia que eu estava olhando para os espectadores de um show, todos virados para a mesma direção (a das catracas) agrupados muito perto uns dos outros e aguardando o “portão abrir”. Claro, imaginei que ao liberarem a entrada dos passageiros, aquilo viraria um inferno, na corrida para se garantir um lugar no primeiro trem, afinal, todos estavam atrasados para o trabalho.

Uma hora se passou. Todos de pé, no frio, esperando o serviço ser restabelecido para “correr” até o trabalho.

A esta altura, todos já estavam muito atrasados para seus compromissos (por aqui, normalmente chega-se uns 15 minutos antes do seu horário para evitar atrasos), mas nenhum grito ou esbravejo cortava o ar contra os funcionários da estação. Não havia o que ser feito. Só esperar …

Liberaram a entrada, o serviço estava começando a operar novamente. Agora começa o “caos”, pensei. 

Contrariando a minha imaginação, todos seguiram da mais ordenada maneira, passando pelas catracas e rapidamente descendo pelas escadas para pegar o trem. Nada de “caos”. 🙂

Quando cheguei na plataforma, já haviam menos pessoas, mas ainda assim, o suficiente para lotar o trem.

Não haveria trem expresso naquela manhã, avisou o funcionário da estação. Isso significa que por ser local, o trem para em todas as estações. No meu caminho, são 19 de casa ao trabalho e de expresso, levo cerca de 25 minutos no trajeto.

 Fiquei de pé no primeiro vagão, que estava cheio, mas as pessoas que estavam de pé ainda tinham algum espaço que as deixava confortáveis.

Naquele momento, pensei que em alguns minutos, talvez em uma hora, estaria chegando no escritório. Puro engano! Meu desespero, aliás, não só o meu, mas provavelmente o de cada um dos centenas de passageiros qu estavam naquele trem, começou já na primeira estação que o trem parou.

Melhor dizendo, estacionou. Ficou parado por longos 15 minutos, com as portas abertas e deixando aquele delicioso friozinho de uma manhã coberta de neve entrar! Aff.

Continua no próximo post …

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